Nem sempre é fácil identificar um mau advogado e evitar uma contratação ruim, principalmente quando você não trabalha na área.
Quando o problema que você quer que esse advogado resolva é algo delicado, que envolve a sua saúde e vários anos de trabalho duro, é importante ter certeza de que vai escolher não apenas um bom advogado, mas um excelente profissional.
Só para você ter uma ideia, as causas envolvendo síndrome de burnout são as mais complexas dentro do direito do trabalho.
Causas envolvendo doenças ocupacionais por si só já são complicadas. Quando envolve uma doença mental, a situação atinge outros patamares.
Pensando nisso, você não vai querer qualquer advogado pegando o seu caso, né?
Aqui neste conteúdo, vou te mostrar 9 dicas para que você consiga identificar um excelente profissional e evite contratar péssimos profissionais, que colocariam seus direitos em risco.
Dica 1: Tenha certeza de que ele é um especialista no assunto
Se você tem um ar condicionado inverter, da marca LG e ele dá problema, você vai procurar um eletricista ou um técnico em ar condicionado?
E se você encontrar dois anúncios:
- Técnico em ar condicionado, consertamos todos os modelos do mercado;
- Técnico em ar condicionado especialista em ar condicionado inverter LG.
Qual dos dois você contrataria?
Se você vai ao hospital com dor na perna, você quer qualquer médico, ou um ortopedista?
Quanto mais específico o profissional, melhor ele será. Isso é um fato em todas as áreas!
Não existe isso de alguém que sabe de tudo um pouco, quem diz que sabe de tudo, não sabe de nada.
Você pode saber de tudo um pouco, mas saber de maneira profunda, só se especializando.
Por isso, antes de contratar um advogado especialista em síndrome de burnout, tenha certeza de que ele:
- É advogado trabalhista;
- Atua em causas envolvendo doenças ocupacionais;
- Tem experiência em causas envolvendo adoecimento mental;
- Já cuidou de causas envolvendo síndrome de burnout.
Viu que é como uma escada?
Cada degrau leva a um nível de especificidade.
Tenha certeza de que o advogado conheça o seu problema com o maior nível de profundidade possível, não se contente com quem fica no raso.
Aqui neste post já mostrei como identificar um advogado especialista em síndrome de burnout.
Dica 2: O registro dele está ativo ou ele atua na irregularidade?
A segunda coisa que você deve fazer antes de contratar um advogado é saber se ele está ativo na OAB.
Contratar um advogado sem registro é como se você estivesse contratando um motorista sem CNH.
Por isso, é muito importante ter certeza que o advogado está 100% ok com a OAB.
Para isso, acesse o site cna.oab.org.br, que é o Cadastro Nacional dos Advogados do Brasil.
Você poderá pesquisar pelo nome do advogado ou pelo número de inscrição, e poderá filtrar pelo Estado da OAB dele:
O resultado da pesquisa deve ser “SITUAÇÃO REGULAR”. Caso contrário, pode ter algo errado no registro do advogado.
Se o advogado estiver irregular na OAB, procure outro profissional, pois pode ter algo errado com o registro dele.
Dica 3: O que ele compartilha nas redes sociais?
Hoje em dia é estranho alguém que não tem redes sociais.
Claro, você pode não ter todas, mas não ter nenhuma não é algo normal, principalmente para uma empresa.
Sempre que eu vou contratar algum serviço para resolver algo mais sério, procuro no google e nas redes sociais sobre a empresa que vou me relacionar.
Geralmente as empresas possuem:
Conferir o que a empresa compartilha nessas redes é importante para saber a opinião e posicionamento de quem você está contratando.
Imagina só você querer contratar um advogado trabalhista para te ajudar e lá nas redes sociais ele só posta sobre como ajudar empresas?
Não faz sentido contratar um profissional assim, não é mesmo?
Se o seu advogado não vai te defender, quem mais vai?
Outra coisa que gosto de conferir são os comentários, como as empresas costumam responder às dúvidas dos clientes e como se relaciona com eles.
Tudo isso te ajuda a identificar como é o atendimento dessa empresa, como ela se comporta.
Isso tudo é uma ótima forma de evitar que você esteja contratando um profissional que não é o ideal para você.
Dica 4: Ele fala como um ser humano?
Parece brincadeira, mas não é.
Tem advogados por aí que falam de um jeito que ninguém entende, de verdade.
Uma coisa é como você se comunica com o Juiz, com outros colegas de profissão, outra coisa totalmente diferente é se comunicar com alguém que não tem o conhecimento técnico.
Se o advogado que você quer contratar só se comunica com você usando termos técnicos, que você não tem ideia do que significam, mantenha um pé atrás.
Você pode ficar com aquele advogado por anos em um processo.
Imagina ficar sem entender nada do que está acontecendo esse tempo todo?
Gosto de pensar que se você passa 5 anos em uma graduação, o mínimo que você precisa conseguir é traduzir aquele conhecimento para alguém que não estudou aquilo.
Do que adianta um médico que vai ficar explicando coisas técnicas e falando palavras difíceis para um paciente?
Um bom profissional sabe se comunicar de uma forma que todos entendem.
Isso pode parecer bobagem, mas é muito importante e pode te evitar um monte de dor de cabeça, vai por mim.
Dica 5: O escritório tem endereço físico?
Ter um endereço físico não é algo que vai dizer se o advogado é bom ou ruim, eu sei.
Entretanto, ter um endereço físico mostra que o advogado tem estabilidade e estrutura.
Além disso, dá uma ideia de que você tem “onde procurar”, caso tenha algum problema.
Eu sei que com a internet e a tecnologia atual, tudo isso é bem relativo, mas não deixa de ser importante.
Com a internet, você consegue ter segurança em contratar um advogado mesmo sem nunca ter visto ele.
Inclusive, cerca de 90% dos nossos clientes aqui no Escritório nos contrataram sem nunca ter nos visto pessoalmente.
Isso não significa que nós não temos um endereço físico para atender quem quer ser atendido presencialmente e para quem quer nos visitar.
Por isso, recomendo que você confira se o escritório que vai contratar tem uma sede física e onde ela fica.
Dica 6: Como seus clientes o avaliam no google?
Sabe quando você encontra um restaurante diferente no ifood, ou tá sem saber se compra ou não um produto e você vai conferir as avaliações dos clientes?
Eu acho isso sensacional, você poder saber o que outras pessoas que já passaram por aquela experiência acharam.
Nunca compro nada pela internet sem conferir as avaliações de outros clientes, uma a uma.
Recomendo que você também faça isso antes de contratar um advogado, mesmo que não esteja contratando ele online.
Muitas vezes, ao pesquisar o nome de alguém no Google, descobrimos um monte de coisa. Algumas coisas boas, e algumas não tão boas…
Se tiver alguma reclamação, algum problema, provavelmente vai aparecer na pesquisa…
Além disso, logo nos primeiros resultados deve aparecer o site do escritório e as redes sociais, o que também vai te ajudar a entender mais sobre o advogado.
Allan, e se não aparecer nada?
Eu ficaria desconfiado, se não aparecesse nada na pesquisa do google.
Afinal, tenho certeza que se você jogar lá o seu próprio nome, vai encontrar várias informações.
Se o seu advogado sequer aparece no google, talvez ele esteja escondendo algo.
Dica 7: Em que tipo de processo ele vem atuando?
Algo que te dá uma noção da experiência do advogado é consultar os processos que ele atua.
Para isso, recomendo entrar no site www.jusbrasil.com.br e pesquisar o nome do seu advogado.
Ao pesquisar, vão aparecer os processos aos quais ele está vinculado.
Quanto mais processos, maior será a experiência. Pelo menos na teoria…
Além disso, veja alguns processos, os assuntos, quem ele defende e os resultados que ele trouxe.
Só aí, você já tem bastante coisa para saber se o advogado realmente sabe o que faz.
Dica 8: Ele publica algo sobre o assunto que você precisa de ajuda?
Uma ótima maneira de saber se um advogado é realmente especialista em um assunto e se ele estuda sobre aquilo é conferir os conteúdos por ele publicados.
O advogado tem livros escritos? Ele grava vídeos para o youtube? Escreve artigos em algum blog?
Você pode conferir os conteúdos do advogado que está pensando em contratar e analisar se você se identifica com ele e se sente segurança para contratá-lo.
Claro que isso não é uma garantia de que ele é um especialista, mas é uma boa forma de analisar.
Hoje em dia distribuir conteúdo, principalmente gratuito, é uma ótima forma de ajudar as pessoas e mostrar que você tem conhecimento sobre um assunto.
Aqui no Escritório, por exemplo, distribuímos conteúdo gratuito através do:
- Youtube;
- Instagram;
- Blog.
Toda semana tem gente que entra em contato conosco dizendo que nosso conteúdo, de alguma forma, ajudou a tirar a pessoa de uma cilada.
Teve um caso recente, de uma cliente que atendemos que ela estava prestes a pedir demissão de um emprego de 15 anos!
Após ler um dos nossos conteúdos do blog, ela viu que poderia sair daquele emprego tóxico recebendo todos os seus direitos, inclusive uma indenização.
Imagina só o valor que geramos na vida dessa pessoa?
Dica 9: Cuidado com o barato que sai caro!
Assim como todo profissional que presta serviços, quanto maior a experiência do advogado, maior será o valor que ele cobra.
Se você procura um advogado especialista em síndrome de burnout, é possível que ele cobre mais do que um advogado generalista.
Isso pode fazer com que muitas pessoas optem por procurar outros profissionais, pensando apenas no preço.
Cuidado, processos envolvendo síndrome de burnout são os mais complexos na Justiça do Trabalho.
Digo isso pois são ações que envolvem um tipo de doença ocupacional recente, sem tantos critérios objetivos.
Colocar um processo como esse na mão de qualquer profissional pode deixar seus direitos em risco.
Já vi profissionais por aí que cobram até mesmo valores abaixo do mínimo estabelecido pela OAB.
Caso você não saiba, a OAB de cada Estado faz uma tabela com os valores mínimos que um advogado pode cobrar.
Essas tabelas são elaboradas de acordo com uma base de quantos processos um profissional precisa assumir em determinado tempo para conseguir manter uma remuneração mínima.
É provável que advogados mais experientes irão cobrar valores acima dessa tabela.
Você só precisa ter cuidado com quem cobra valores menores do que os da tabela da OAB.
Pensa só, você vai querer um profissional que cobra menos que o valor mínimo?
É bem provável que ele não consiga entregar um bom serviço, já que ele precisa assumir vários processos como o seu para conseguir se manter.
Se você não tem nenhuma ideia de quanto cobra um advogado trabalhista e quer entender melhor sobre isso, temos um conteúdo aqui que pode te ajudar.
Está com burnout e precisa de ajuda?
Sabemos pelo que você está passando. Somos um Escritório com vasta experiência em causas envolvendo síndrome de burnout e podemos te ajudar a encontrar uma saída.
Conclusão
Eu tenho certeza de que depois desse conteúdo você está muito mais tranquilo para escolher um advogado para te ajudar no seu caso.
Essas dicas sobre contratar um advogado especialista em síndrome de burnout podem evitar que você tenha bastante dor de cabeça com um profissional meia boca.
Recomendo que você também pergunte para amigos e familiares se possuem indicação de um profissional confiável.
Outra boa ideia é perguntar a colegas de trabalho que já saíram da empresa em que você trabalha se também possuem alguma indicação.
Caso você queira se aprofundar mais e entender ainda mais sobre como escolher um advogado trabalhista, recomendo conferir estes conteúdos:
Como identificar advogado especialista em síndrome de burnout